A arbitragem é uma prática comum no mercado financeiro, que consiste na compra e venda simultânea de um ativo em mercados diferentes que se aproveitam das diferenças de preços para obter lucro. Esta estratégia é usada em vários tipos de ativos, como ações, moedas e commodities.
Por exemplo, se um título transaciona por R$ 10,00 na Bolsa de Valores de São Paulo e por R$ 12,00 na Bolsa do Rio de Janeiro, um investidor pode adquirir o título em São Paulo e vendê-lo imediatamente no Rio de Janeiro, obtendo um lucro de R$ 2,00 por título.
Como fazer?
Para realizar uma ação de arbitragem, é muito comum o uso de ferramentas como robôs traders, além de uma expertise no mercado financeiro. A tecnologia é utilizada já que as oportunidades são efêmeras, logo, agir com rapidez é fundamental.
A transição de um título de uma bolsa para outra envolve um processo conhecido como "listagem cruzada". Após a conclusão das etapas de cumprimento regulatório, a empresa pode listar suas ações na bolsa estrangeira e permite que as ações sejam transacionadas em mais de um mercado.
Riscos a serem considerados
Um dos principais desafios que os investidores enfrentam quando se envolvem em arbitragem é o risco de liquidez. Em situações nas quais há uma mudança repentina no mercado, uma escassez inesperada de compradores ou vendedores acontece, o investidor pode se encontrar preso em uma posição que não desejava, o que pode levar a perdas significativas.
Além de que, como já dito, as chances de realizar o processo aparecem e somem de maneira rápida e exigem uma ação na mesma velocidade por parte dos investidores.
Outros tipos de arbitragem
Além dessa já descrita, existem outros diferentes tipos de arbitragem disponíveis, cada uma com suas particularidades. Essas opções incluem:
Arbitragem de futuros: arbitragem realizada entre o mercado à vista e o mercado futuro de um mesmo ativo. O lucro é obtido através da diferença de preços entre os dois mercados.
Arbitragem do mercado fracionário: ocorre quando há uma diferença de preços entre as ações listadas no mercado fracionário e o mercado a vista. O trader pode comprar no mercado onde o preço está mais baixo e vender no mercado onde o preço está mais alto.
Arbitragem de ADRs ou American Depositary Receipts: ocorre quando há uma diferença entre o preço de uma ação listada em sua bolsa de origem e o preço do respectivo ADR listado em uma bolsa dos EUA. O trader pode comprar o ativo mais barato e vender o mais caro para obter lucro.
O papel da tecnologia nesse processo
O setor da arbitragem financeira não é o único que fica isento de transformações tecnológicas. As ferramentas de análise de dados, por exemplo, tornaram-se indispensáveis no campo da arbitragem, uma vez que permitem aos investidores identificar rapidamente as oportunidades. Através da análise de muitos dados, os investidores podem identificar tendências e padrões que podem indicar um momento certo.
Espera-se que, nos próximos anos, algoritmos e inteligência artificial (IA) estejam em ascensão por identificarem e executarem oportunidades eficientemente. Destaca-se o trading algorítmico, que percebe brechas quase em tempo real.
Além disso, padrões de mercado e previsões de mudanças de preços são mais fáceis de serem identificados por IA. Essas evoluções têm o potencial de transformar a arbitragem e deixá-la mais acessível e lucrativa para mais investidores.
Afinal, vale a pena?
Mesmo sendo uma prática comum e até lucrativa, ela também apresenta riscos, como a baixa liquidez, além da efemeridade das oportunidades de arbitragem, que requerem agilidade e o uso de tecnologias como robôs traders. Então, vale a pena lembrar que, mesmo que possa ser uma operação extremamente rentável, ela exige um domínio e cautela. Essa não é uma tarefa para ser feita sem pensar ou sem a devida reflexão.
Entender bem sobre mercados e estratégias financeiras, além de avaliar cuidadosamente os riscos que podem surgir, é fundamental para investidores que desejam se aventurar nesse tipo de operação.
Fonte: Space Money