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Sustentabilidade | O verde que gera economia

A literatura ambientalista é farta em expressões relacionadas à sustentabilidade. Algumas até glamourosa e de uso corrente no marketing. No entanto, o exercício que as empresas têm feito para minimizar desperdícios e gerar menos lixo tem explicação clássica, que fundamenta a maioria das ações ambientais: economia. Ou, para atualizar o conceito: economia verde.

Enquanto a velha economia se orienta, de maneira simplificada, pela escassez e pela evolução do sistema produtivo, pressionados pela lei da oferta e procura, a nova economia nasce da escassez de recursos naturais, que precisam ser adequadamente utilizados para que o meio ambiente não entre em colapso e venha a faltar.

A escassez de recursos naturais é, portanto, o divisor de águas para a economia verde, que tem sido incorporada à economia clássica na análise de mercado, definição de metas e gestão. Estudos dos teóricos dessa economia ampliada trabalham com a perspectiva de garantir qualidade de vida às populações futuras e convergem, em sentido prático, em uma de suas vertentes, na defesa de ações sustentáveis no dia a dia das empresas, em busca da otimização do sistema para obtenção de melhores resultados financeiros e sociais.

Análise rápida dos projetos básicos das empresas que atuam em condições ecologicamente sustentáveis, por terem percebido as vantagens dessa decisão, revela novo passo na maneira de economizar, ao ter como objetivo a não geração de potenciais poluentes ambientais, que podem ser reincorporados à cadeia produtiva (reciclar), ter a vida útil prolongada (reutilizar) e transformados, no caso do lixo orgânico, em compostagem (reintegrar).

Além desses três Rs, há ainda a decisão de evitar o uso de produtos que gerem resíduos (recusar) ao decidir por aqueles que podem ser reutilizados. A amarração geral da equação é pensar sobre a problemática para orientar o melhor processo de economizar tudo aquilo que possa causar algum dano ao meio ambiente (refletir).

No caso específico das ‘empresas verdes’, a concepção arquitetônica e de engenharia está voltada ao aproveitamento dos recursos naturais, como iluminação natural, gerador de energia solar, sistema de eletricidade e hidráulico inteligente. É a cultura verde em ação, fruto da consciência e da educação ambiental para uma maior rentabilidade dos negócios.