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Dólar avança a R$ 5,73 com novas tarifas de Trump. Ibovespa sobe


 

O dólar encerrou a sessão desta quarta-feira (26/3) em alta, em um dia de agenda mais esvaziada no Brasil e no qual os investidores voltaram suas atenções para o cenário internacional.

 

 

Dólar

  • O dólar fechou em alta de 0,42% frente ao real, negociado a R$ 5,73.
  • Na cotação máxima da sessão, a moeda dos Estados Unidos bateu R$ 5,747. A mínima foi de R$ 5,694.
  • Na véspera, com o bom humor de volta ao mercado, o dólar fechou em queda de 0,75%, cotado a R$ 5,70.
  • Com o resultado, a moeda norte-americana acumula perdas de 3,1% no mês e 7,23% no ano.

 


 

Ibovespa

  • Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), também encerrou o pregão desta quarta em alta.
  • Ao fim da sessão, o indicador subiu 0,34%, aos 132,5 mil pontos.
  • No dia anterior, o índice fechou o pregão em alta de 0,57%, aos 132 mil pontos.
  • Com o resultado, o Ibovespa acumula ganhos de 7,92% em março e 10,17% em 2025.

 


Novas tarifas de Trump

O mercado financeiro continuou acompanhando as repercussões e impactos da dura política tarifária levada a cabo pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump.

Nesta quarta-feira, o destaque ficou por conta da possibilidade de o governo Trump impor tarifas sobre as importações de cobre dentro de algumas semanas, antes mesmo do prazo final esperado para que houvesse uma decisão a respeito.

Em fevereiro, Trump determinou que o Departamento do Comércio dos EUA fizesse um levantamento sobre eventuais tarifas para o cobre e apresentasse um relatório em até 270 dias. Segundo as últimas informações vindas da Casa Branca, no entanto, a questão deve ser resolvida bem mais cedo.

 

Inicialmente, Trump havia anunciado a intenção de impor uma tarifa de até 25% sobre todas as importações de cobre.

No fim da tarde (pelo horário de Brasília), a Casa Branca informou que Trump anunciaria novas tarifas sobre automóveis, que vinham sendo esperadas para o dia 2 de abril. Não foram fornecidos maiores detalhes até o momento.

Nos últimos dias, os investidores têm consolidado uma percepção de que as chamadas tarifas comerciais “recíprocas” anunciadas por Trump devem se concentrar em um número limitado de países – provavelmente, Canadá, México, Japão e União Europeia (UE).

Entretanto, o clima de incerteza em relação a uma possível guerra comercial permanece. Trump já disse que um novo pacote de tarifas deve ser anunciado no dia 2 de abril, possivelmente para todos os parceiros comerciais dos EUA. Há rumores de que mercados com os quais os EUA têm superávits comerciais e comércio reduzido, como nações africanas, podem ser poupados.

Na última segunda-feira (24/3), o presidente dos EUA afirmou que anunciaria “nos próximos dias” tarifas direcionadas ao setor de automóveis e outros produtos.


 

Governo brasileiro reage aos EUA

Em documento enviado ao EUA, o governo brasileiro afirmou que as tarifas aplicadas pelo presidente Donald Trump podem “comprometer gravemente” as relações comerciais entre os países e pediu que a Casa Branca priorize o diálogo e a cooperação, “em vez da imposição de restrições comerciais unilaterais”.

O documento foi protocolado no dia 11 de março, em resposta a uma consulta pública aberta pelo escritório de representação comercial dos EUA (USTR) sobre as práticas de comércio exterior não recíprocas.

O governo do Brasil considera que a postura dos EUA viola acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC).

“O governo do Brasil entende o interesse dos EUA em buscar relações comerciais justas, equilibradas e mutuamente benéficas. No entanto, é importante ressaltar que a abordagem dos EUA à questão viola seus compromissos legais sob a Organização Mundial do Comércio, desfaz o equilíbrio alcançado em negociações passadas e é prejudicial às suas relações econômicas com parceiros de longa data, como o Brasil”, diz o documento.

A manifestação elenca dados do comércio bilateral, incluindo aqueles relacionados à exportação do aço — que foi taxado em 25% pela administração de Trump. Além disso, cita o interesse dos EUA em aplicar tarifas recíprocas para a importação de etanol.


 

Declarações de dirigentes do Fed

Além da preocupação com o “tarifaço” de Trump, o mercado financeiro também ficou de olho nas declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), em busca de indícios sobre a trajetória da taxa básica de juros no país.

Nesta quarta-feira, os investidores acompanharam falas dos presidentes do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, e de Saint Louis, Alberto Musalem.

Na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed, na semana passada, a segunda do colegiado desde a posse de Trump, as expectativas do mercado foram confirmadas e a taxa básica de juros se manteve inalterada, no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano.

A reunião foi a segunda consecutiva na qual a autoridade monetária norte-americana manteve inalterada a taxa de juros. Antes das duas últimas reuniões, o Fed tinha promovido um ciclo de três quedas consecutivas dos juros nos EUA, que começou em setembro do ano passado – o primeiro corte em cinco anos.

Desde então, o BC norte-americano sempre deixou claro que era necessário manter a cautela e analisar cuidadosamente os indicadores econômicos para tomar suas decisões de política monetária.

O Fed indicou ainda que deve reduzir em 0,5 ponto percentual os juros básicos até o fim deste ano, em um cenário de desaceleração da economia do país e, eventualmente, de queda da inflação. De acordo com as projeções apresentadas pelo Fed, a queda dos juros ocorreria em duas reuniões, com redução de 0,25 ponto percentual em cada uma delas.

A elevação da taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para conter a inflação.


 

Bolsonaro se torna réu no STF

Em um dia mais esvaziado na agenda de indicadores econômicos nacionais, os investidores acompanharam o julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou réus por unanimidade, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados.

Relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes aceitou, na íntegra, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Os investigados foram denunciados por participar de uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022. A denúncia começou a ser analisada na terça-feira (25/3), e a sessão foi retomada nesta quarta com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes.

Como o Supremo aceitou a denúncia, uma fase de instrução processual se iniciará. Nela, serão colhidos depoimentos de testemunhas e dos acusados, além da apresentação de provas.

Os agora réus foram acusados pela PGR de terem cometido os crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

 


 

 

Fonte: metropoles